A coreógrafa belga Anne Teresa Keersmaeker (n. 1960) tem vindo a desenvolver uma linha de trabalho particularmente interessante no que diz respeito à dança contemporânea. Keersmaeker fundamenta as suas coreografias em articulações inovadoras entre o som e o movimento do corpo. Na década de 80, Steve Reich, Bartók e Ligeti passaram das pautas para o palco através desta coreógrafa.

ANNE TERESA KEERSMAEKER

Esta antiga aluna do MUDRA, a escola fundada por Maurice Béjart, iria dar uma orientação completamente nova à dança na Flandres. Em 1981, foi para Nova Iorque estudar na Tisch School of the Arts, onde entraria em contacto directo com a dança americana pós-moderna. Esta influência do pós-modernismo era já sensível no seu trabalho seguinte: Fase - four movements to the music of Steve Reich (1982), que foi extremamente bem recebido. A consequência lógica desse sucesso foi a fundação, em 1983, da sua própria companhia de dança, Rosas, com a apresentação do espectáculo Rosas danst Rosas. A relação particular entre dança e música iria tornar-se uma constante na obra da autora.

Pioneiro do minimalismo, um dos maiores compositores contemporâneos vivos, são grandiosos os epítetos colados ao novaiorquino Steve Reich, que muitos músicos e artistas tem influenciado ao longo das últimas décadas. De John Adams a Owen Pallet, passando por nomes da música pop como King Crimson, Brian Eno, Michael Gordon, ou o hoje muito celebrado Sufjan Stevens. Também os The Orb usaram uma linha melódica de Electric Counterpoint (1987) no tema Little Fluffy Clouds e, em 1999, uma série de DJs e músicos na área da electrónica editaram Reich Remixed. Entre as inúmeras obras de Steve Reich - para quem não há melhor música do que a de Johann Sebastian Bach e que abomina Brahms, apesar de o considerar um génio -, podem destacar-se Drumming, Music for 18 Musicians, Music for a Large Ensemble, Tehillim, The Desert Music e as óperas The Cave e Three Tales, para citar as mais importantes.

CLÁUDIO

SEXTA9 24h

dj set

1€

Forçado pela alta autoridade das circunstâncias a abandonar a promessa de não actuar no 555 antes de 2009, Cláudio vê-se obrigado a convocar todos os desenraizados amantes do techno para uma tertúlia a acontecer na próxima sexta feira, 9 de Fevereiro a partir da meia-noite. A sessão obedecerá ao mesmo fio condutor observável num vulgar grupo de abóboras e o volume será adequado ao tecto do espaço e às castradoras condições acústicas. Garantido um aumento da afluência de melómanas solteironas e de vigaristas em princípio de carreira, resta-nos aguardar pelos túmultos habitualmente associados a este tipo de iniciativas.

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Shirtology é, simplesmente, uma questão de desdobrar a pessoa e a camisa numa combinação e arranjo. Estruturas através do tempo, pinturas no espaço. O trabalho das peças é o de vestir e aparecer, trocando de roupas, apresentando-se a si próprio, nas camisas. O corpo vestido, sempre em linguagem, principalmente em silêncio. A conversa fragmentada escrita da escrita de slogans nas camisas vizinhas. O coreógrafo francês criou dança a partir do universo da semiótica - enquanto a mensagem é narrada por sucessivas 't-shirts' vestidas por Fréderic Seguette, o bailarino manipula sinais e símbolos pelo meio do movimento corporal.

Nascido em 1964 em Paris, o célebre e polêmico coreógrafo Jérôme Bel começou seus estudos no Centro Nacional de Dança Contemporânea, na cidade francesa de Angers. Trabalhou com Angelin Preljocaj, Joellle Bouvier e Régis Obadia, Daniel Larrieu e Catherna Sagna. Foi assistente de direcção de Philippe Découflé para a cerimônia de abertura dos XVI Jogos de Inverno, em Albertville (1992), e assina produções como Name Given by the Author (1994), Jérôme Bel (1995), Shirtology (1997), The Last Performance (1998), Xavier Le Roy (2000) e The Show Must Go On (2001). Em 2004, montou os espectáculos Véronique Doisneau, para a Ópera de Paris, The Show Must Go On 2 e John Cage, especialmente criado para o Festival Wien Modern.

O aguardado regresso ao 555 de António Serginho, a afamada marimba dos inigualáveis Tchakare Kanyembe, promete abanar a casa.

www.myspace.com/tchakare

Pelo 2º ano consecutivo, a Embaixada Lomográfica do Lisboa lançou um desafio a seis fotógrafos portugueses: Margarida Gouveia,Vírgilio Ferreira, Leonel Castro, Pauliana Valente Pimentel, Pedro Janeiro, Luís Carvalhal. Estes trabalhos continuam em exposição durante a primeira metade de Fevereiro na Embaixada Lomográfica do Porto na Rua do Almada 542-544 e no 555, Zona 6, Maria Vai com as Outras, Pedras e Pêssegos, 446 e LouieLouie.

www.virgilioferreira.com
www.lomografiaportugal.com